Depois do reinado bipartido do lacado e do plástico, a que assistimos nas últimas décadas na decoração de interiores, agora o destino, no retorna às origens da madeira.
Assim deixamos a madeira entrar de novo no nosso quotidiano e em muitos casos dando-lhe o papel de fazer as honras da casa.
A verdade é que desde a virada do século e num crescente interesse, nós estamos respeitando toda a nobreza e tradição que a madeira encena, e admirando o mundo que a partir dela se pode descobrir. Este ‘olhar de novo’ acontece em grande parte como resultado da atenção dada pelos criadores e marcas que decidiram voltar às origens e se estão despidos de preconceitos apresentando a madeira no seu estado mais puro, mas também numa lógica de fusão com outros materiais.
É por esta razão que muitas marcas que são referência no panorama internacional do design estão a editar peças que evidenciam uma coexistência crescente e pacífica da madeira com o aço ou o ferro, no seu estado puro, mas também com os acabamentos em materiais mais tecnológicos como o lacado branco ou preto. E assim nascem peças com uma personalidade multi-facetada.
Estes fatores ajudam a caracterizar a madeira como uma matéria-prima de enorme valor acrescentado, que sem negar as origens, se sabe valorizar.
Neste cenário surgem peças que sendo em si mesmas o resultado de uma fusão de materiais, nos ajudam a construir ambientes que são simultaneamente sinonimos de sofisticação e requinte, mas também simplicidade e depuração e que por esse motivo tanto se enquadram em decorações mais clássicas ou mais vanguardistas.
Este regresso em força à utilização da madeira na decoração de interiores, tem ainda em seu favor o fato de se enquadrar na atual corrente de valorização do trabalho manual e na fusão de estilos e materiais que está claramente no centro da tendência da decoração e design de interiores que vivenciamos atualmente.